Curso de Especialização em Análise de Dados e Visualização da Informação

Curso de Especialização em Análise de Dados e Visualização da Informação

No início do mês abriram inscrições para o curso de especialização em Análise de Dados e Visualização de Informação na NOVA FCSH. Pandemia, eleições, Ronaldo, desinformação, Cristina, lista de séries e filmes. Não importa o tema, se você precisa coletar dados, analisar informações e comunicar descobertas, não há curso mais oportuno do que este.

O curso terá 4 unidades curriculares: Entrevistando Bases de Dados, Fundamentos da Visualização, Introdução a ferramentas para análise de dados e visualização da informação e Projeto de Dados Acompanhado.

Coordenado por Paulo Nuno Vicente, as aulas serão ministradas por mim, pela Ana Figueiras e convidados. As candidaturas vão até 30 de novembro.

A covid-19 nas capas do Correio da Manhã

Coronavírus nas capas do CM

O Correio da Manhã (CM) é, de longe, o jornal mais lido em Portugal e a primeira chamada sobre a covid-19 na capa do CM foi em 26 de janeiro: “Primeiro caso suspeito chega a Portugal“. A suspeita foi descartada dias depois. O tema voltou a estampar a capa do generalista no dia 31: “Netos de Marcelo escapam ao vírus da China“. Entretanto, apenas em 26 de fevereiro, um mês após a 1ª chamada na capa, o CM dedica a manchete ao novo coronavírus: “Mais de 80 mil infetados com vírus da China“. E desde 9 de março o tema é o principal destaque do jornal. Abaixo, as capas desde 26 de janeiro até 04 de março.

Capas do CM em 2020

5 peças de jornalismo de dados com resultados das eleições legislativas portuguesas de 2019

Rádio Renascença: Quem são os deputados eleitos para a Assembleia da República.

Expresso: Vitórias, derrotas e maus sinais: 11 gráficos para discutir as eleições com os amigos.

Público: Os mapas que mostram o sufoco do PSD, o declínio do CDS e a luta entre BE e PCP.

Rádio Renascença: A freguesia mentalista, o “partido da Rede Expressos”, coisas do tempo da outra senhora e liberais da Estrela.

Jornal de Negócios: Como mudou o Parlamento de 1975 a 2019.

12 trabalhos acadêmicos sobre jornalismo de dados em Portugal e no Brasil publicados em 2018

O estado do Jornalismo de Dados no cenário luso-brasileiro
Dissertação de mestrado de Isabella Cristina Moura.
Resumo: A existência de fenómenos estimulados por esferas cívicas e tecnológicas, como o movimento pela disponibilização de dados e a popularização de aparatos técnicos que permitiram o crescimento da informação armazenada e acessível, foi essencial para que as bases de dados se tornassem fontes na construção jornalística. A consolidação do conceito de Jornalismo de Dados revelou-se um processo gradativo, que na presente década adquiriu proporções que possibilitaram a produção ativa nas redações e o fortalecimento como especialização jornalística. Este trabalho tem como objetivo expor sob quais condições e como é feito o Jornalismo de Dados no Brasil e em Portugal, usando como critério o testemunho de jornalistas de ambos os países.

How Brazilian and Portuguese newsrooms use information visualization in journalism: a qualitative comparative analysis
Dissertação de mestrado de Fernanda Barros Abras.
Resumo: O jornalismo de dados é entendido como um fluxo que inclui pelo menos quatro etapas de processamento de dados – recolha, filtragem, análise e comunicação – com o ultimo estágio sendo desenvolvido em mídias digitais para que visualizações interativas possam ser incluídas. Essa prática tem sido liderada principalmente por publicações norte-americanas e britânicas e só recentemente vem sendo incorporada por redações no Brasil e em Portugal. Este estudo procurou investigar o campo de jornalismo de dados nos dois países por meio de uma revisão de literatura, entrevistas com as partes interessadas e avaliação de reportagens. Foi verificado que os veículos brasileiros estão à frente dos portugueses, principalmente porque os meios de comunicação no Brasil perceberam o valor de estruturar equipes dedicadas exclusivamente ao jornalismo de dados que sejam multidisciplinares, incluindo programadores e/ou designers além de jornalistas. Em Portugal, as empresas jornalísticas ou têm apenas um jornalista de dados – que frequentemente é absorvido pela produção diária de notícias – ou não reconhecem institucionalmente a prática do jornalismo de dados nas suas redações.

Uma cartografia interativa do jornalismo de dados no Brasil: percepções sobre competências e habilidades no mercado de trabalho e na academia
Dissertação de mestrado de Ana Paula Borges de Oliveira.
Resumo: O avanço do digital nas últimas décadas tem transformado os contextos de produção e consumo de notícias, impondo reconfigurações no campo da reflexão e da prática do jornalismo contemporâneo. Neste trabalho, dedicamo-nos a investigar um tema muito presente nesse contexto – o que a literatura em comunicação tem chamado de jornalismo de dados. Especificamente, objetivamos descobrir quais são as competências e habilidades necessárias para o profissional de jornalismo de dados no Brasil – um perfil ainda em configuração não só no contexto brasileiro, mas também mundial. A fim de alcançar o desafio proposto, buscamos caracterizar a prática do jornalismo de dados no mercado de comunicação brasileiro atual, apontar a visão de pesquisadores sobre a formação em jornalismo de dados nas universidades brasileiras e mapear o estado da arte do jornalismo de dados no Brasil por meio de uma cartografia interativa. Metodologicamente, realizamos inicialmente uma revisão teórico-conceitual nos campos da cibercultura, do jornalismo de dados e das literacias digitais. Em seguida, utilizamos a Grounded Theory para realizar a coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas e a Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin, como técnica para interpretação dos mesmos. Realizamos 14 entrevistas com dois grupos de entrevistados: um primeiro, formado por profissionais que atuam em equipes de jornalismo de dados no mercado de trabalho brasileiro; e um segundo, com pesquisadores e professores da área de comunicação que desenvolvem pesquisas nesse campo em universidades do país. Para a análise dos resultados, utilizamos o software ATLAS.ti, que deu apoio à identificação das seguintes categorias: (1) currículo acadêmico diferenciado, (2) bases para cultura de programação, (3) narrativas de apuração e visualização, (4) projetos e parcerias, (5) equipes híbridas e (6) aprendizado autodirecionado. A partir dessas categorias, elaboramos uma matriz de habilidades e competências que, por exemplo, indica como necessárias as habilidades lógicas em planilhas, estatística, linguagem de programação e gráfica para obter competências de criação de narrativas digitais a partir de Big Data. A matriz foi norteadora para a elaboração do produto deste trabalho – a versão beta do 2030 Data Journalism – uma cartografia interativa, embedada em um website, com as principais pesquisas acadêmicas e iniciativas de mercado, geolocalizadas e com informações multimídia. A cartografia é expansível e poderá ser ampliada em trabalhos futuros. Esperamos que ela possa servir como um repositório interativo de memória e pesquisa para estudantes, professores e profissionais da área de jornalismo de dados.

O uso de fontes documentais no jornalismo guiado por dados
Dissertação de mestrado de Marília Gehrke.
Resumo: Estudar as fontes utilizadas nas notícias de jornalismo guiado por dados (JGD) é a proposta desta dissertação. Para tanto, revisita as classificações de fontes trabalhadas por teóricos da área e situa o contexto atual, derivado de transformações sociais e tecnológicas, sob a perspectiva de sociedade em rede e do jornalismo em rede. O foco do estudo está em descobrir quais fontes são acionadas em notícias do JGD, que emerge neste cenário a partir dos anos 2000. Analisa um corpus constituído por 60 notícias veiculadas nos jornais O Globo, The New York Times e La Nación, como veículos tradicionais, e Nexo, FiveThirtyEight e Chequeado, como veículos nativos. A partir do cruzamento entre a teoria e o estudo empírico, propõe a classificação de tipos de fontes nas notícias de JGD. São eles: arquivo documental, estatística e reprodução. Por meio dessa classificação, busca preencher uma lacuna no quadro teórico sobre fontes, superficialmente discutido no jornalismo até então, trazendo o uso de documentos como protagonista neste cenário.

A visualização guiada por dados na TV: o infográfico como efeito de realidade e elemento de articulação da narrativa telejornalística
Dissertação de mestrado de Fabiana Rossi da Rocha Freitas.
Resumo: Esta dissertação identifica as estratégias e recursos narrativos mobilizados nos infográficos criados a partir de bases de dados para retratar a realidade na TV. O trabalho parte do conceito de construção social da realidade aplicado ao jornalismo, dos pressupostos do design em relação à visualização da informação e dos valores e práticas do Jornalismo Guiado por Dados. A pesquisa insere-se nos estudos sobre o uso da infografia no Telejornalismo, propondo um diálogo a partir da visualização guiada por dados. Combina procedimentos metodológicos da Análise Pragmática da Narrativa e da Análise de Conteúdo e analisa um corpus composto por 21 infográficos, extraídos de duas séries de reportagem exibidas no SPTV 1ª Edição em 2016. O material especial, com seis matérias, recebeu o selo Resultado – uma iniciativa do jornalismo da Rede Globo para análise e cruzamento de informações públicas. A partir do estudo empírico, encontram-se padrões de incidência e entende-se o infográfico como elemento de articulação da narrativa telejornalística guiada por dados e ferramenta de extensão narrativa para integração da TV com outros meios.

Jornalismo de Dados em Portugal: um estudo exploratório sobre práticas jornalísticas especializadas
Artigo de Marco Antônio Gehlen e Jorge Pedro Sousa.
Resumo: O Jornalismo de Dados tem sido definido como uma modalidade jornalística que recorre a técnicas computacionais e científicas para apuração, edição, publicação e circulação de produtos jornalísticos, ampliando a capacidade investigativa dos jornalistas predominantemente da exploração de bases de dados diversas. Como técnica jornalística especializada, o Jornalismo de Dados apresenta características específicas que o definem e o distinguem das dinâmicas convencionais da atividade jornalística nas redações, suscitando questionamentos sobre quais modificações mais emblemáticas a técnica tem promovido nas dinâmicas de produção do jornalismo. O estudo optou por preocupar-se menos com as modificações qualitativas nos conteúdos e buscou observar predominantemente as diferenças operacionais e de veiculações das reportagens que utilizam a técnica nas rotinas produtivas. Foram analisados exclusivamente três questões específicas levantadas preliminarmente nos estudos bibliográficos: eventuais editorias predominantes de veiculação dos conteúdos, eventuais plataformas predominantemente utilizadas para publicações das reportagens de dados e eventuais modificações no perfil das equipes que atuam com Jornalismo de Dados. Como percurso metodológico, o estudo realizou entrevistas com quatro jornalistas que utilizam a técnica em suas rotinas nos jornais Expresso e Público, de Lisboa; e no jornal O Jogo e na Rádio Renascença, do Porto, ou seja, foram levantadas observações empíricas da técnica do Jornalismo de Dados praticada em redações jornalísticas em Portugal. Como resultado, nota-se que as práticas jornalísticas envolvendo dados demonstram uma retomada de aprofundamento e rigor das apurações, mas têm promovido modificações nas estruturas das redações e nas equipes. As observações empíricas demonstraram que o Jornalismo de Dados tem apresentado três características relevantes que se destacam e contribuem para sua delimitação conceitual: é uma técnica multieditoria, não se limitando a apenas uma seção temática; é multiplataforma, não se restringindo, por exemplo, a jornais impressos; e é desenvolvida por equipe com múltiplos profissionais atuando conjuntamente, demandando uma reconfiguração no perfil e na atuação das redações jornalisticas.

Um Olhar sobre o Jornalismo de Dados
Artigo de Vanessa Sofia Neves Abreu e Sousa.
Resumo: É considerado uma nova tendência jornalística internacional, mas não é um processo novo, o jornalismo de dados – hoje suportado por tecnologias e sistemas de informação – procura desvendar informação relevante de uma avalanche de dados. A sua implementação gera mudanças: primeiro nas rotinas produtivas dos jornalistas e depois na experiência dos leitores. A partir da recolha das perceções dos leitores, através de questionários, e da sua análise, suportada pelo Microsoft Office Excel 2016, o presente artigo procura compreender o que promove uma aposta maior no jornalismo de dados.

Jornalismo de Dados como diferencial: o caso do Nexo
Artigo de Mariane Pires Ventura.
Resumo: O Jornalismo de Dados tem sido cada vez mais utilizado como forma de qualificar as publicações bem como dar mais credibilidade aos veículos. Neste artigo, procura-se fazer um breve levantamento do histórico do Jornalismo de Dados bem com as suas possíveis classificações. Utilizando a matriz desenvolvida por Vasconcellos; Mancini e Bittencourt (2015), buscou-se avaliar publicações feitas pelo site de notícias Nexo com o objetivo de verificar em quais dos níveis do Jornalismo de Dados as mesmas poderiam ser enquadradas. A escolha do veículo em questão levou em consideração o fato de ele ser o primeiro veículo brasileiro a ganhar o maior premiação do Online Journalism Awards e a hipótese de que a utilização do JD pode ter contribuído para isso.

Jornalismo de dados na revista Realidade
Artigo de Marcos Antônio Zibordi.
Pretende-se discutir a produção de reportagens com base estatística entre 1966, ano de estreia da revista Realidade, e 1973, quando mudou radicalmente. Da consulta a originais coligimos informações como regularidade, extensão e metodologia das reportagens numéricas, classificando 40% como “jornalismo de dados”. Sua decisiva presença confronta a ideia de uma revista tomada de narrativas jornalístico-literárias, produzidas por insubstituível equipe nos dois primeiros anos. As conclusões resultam, sobretudo, da aplicação dos parâmetros de análise de Mancini e Vasconcellos (2016), segundo os quais narrativas numéricas devem atender a três “dimensões”: investigativa, interpretativa e comunicativa.

Jornalismo guiado por dados como ferramenta de Fact-Checking: uma experiência laboratorial
Artigo de Virgínia Pradelina da Silveira Fonseca, Fabiana Freitas, Marília Gehrke e Taís Seibt.
Resumo: Neste artigo, discute-se o jornalismo guiado por dados como método central no processo de fact-checking (checagem de fatos). A análise é feita a partir de experiência em um curso de extensão realizado na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no primeiro semestre de 2018. Com base nas percepções e nas críticas dos estudantes, identificam-se algumas das dificuldades encontradas em sala de aula para analisar as potencialidades e as limitações desta prática no jornalismo contemporâneo.

O poder dos dados no jornalismo digital: o caso do jornal Expresso
Relatório de estágio de Vanessa Sofia Neves Abreu e Sousa para a obtenção do grau de Mestre.
Resumo: Se há poder que o jornalismo tem é o de se moldar às circunstâncias, às adversidades, aos avanços tecnológicos, a novos meios de transmissão de informação. Da sua adaptação à Internet nasce o jornalismo digital, que, por um lado, traz uma série de possibilidades, mas, por outro, cria um ambiente de instabilidade que abala a credibilidade do jornalismo. E da necessidade de compreender os biliões de dados que todos os dias são gerados no meio digital floresce o jornalismo de dados. Esta prática, que extrai histórias de uma avalanche de dados, tornou-se numa nova tendência jornalística internacional. Já são vários os media a integrar o jornalismo de dados nas suas redações. E o jornal Expresso não é exceção. Tendo em vista a compreensão deste fenómeno, os seis meses de estágio no Expresso Digital, as leituras, as entrevistas e os questionários – compilados no presente relatório – procuram explorar as mudanças que a integração do jornalismo de dados gera nesta redação, nas rotinas produtivas dos seus jornalistas e na perceção dos leitores. As variações identificadas permitem, num segundo momento, refletir sobre o poder que os dados têm – ou podem ter – no seio digital e sobre o seu efeito regenerador da identidade e credibilidade jornalística. Para os jornalistas do Expresso, os dados promovem a descoberta de informação nova e potencializam a vertente multimédia do digital. E para os leitores, os dados podem melhorar a exatidão das histórias e, sobretudo, reanimar a sua confiança no jornalismo.

O Ensino de Jornalismo Guiado por Dados no Brasil
Poster de Giulia Reis Vinciprova.
Resumo: A difusão das técnicas de Jornalismo Guiado por Dados, ou a aplicação de conhecimentos da computação e das ciências sociais no processo de reportagem, se dá de maneira informal e colaborativa, conforme Träsel (2014). A academia vem tentando incorporar as técnicas utilizadas no Jornalismo Guiado por Dados, porém ainda em fase inicial e, principalmente na pós-graduação. O intuito da pesquisa de Iniciação Científica é, então, mapear a oferta de disciplinas em nível de graduação e pós-graduação, cursos de extensão e oficinas oferecidas por organizações profissionais, entre outras oportunidades de ensino, presenciais ou a distância, no Brasil, assim como os recursos técnicos e teóricos utilizados pelos docentes ou ministrantes e, ainda, quais são os principais fatores condicionantes para o ensino dessas técnicas dentro da comunidade jornalística brasileira. O projeto foi registrado na Plataforma Brasil sob o código CAAE 68435017.2.0000.5347 e aprovado para execução. Como a pesquisa ainda está em andamento, esta apresentação irá se focar nos desafios do processo de coleta de informações, desde a construção de um banco com dados de coordenadores e professores de jornalismo brasileiros até a dificuldade em se obter uma taxa de resposta adequada para os propósitos da pesquisa, passando pela construção do questionário. Foi montada uma tabela, baseada em dados do MEC, com todas as instituições de ensino superior que possuíam o curso de jornalismo e os respectivos contatos dos coordenadores. Baseado nessas informações de contato, foi enviado um formulário para que os professores respondessem se havia a disciplina ou não, quais as ferramentas e técnicas utilizadas caso houvesse, e produções dos alunos caso fosse positiva a resposta. Na próxima etapa da pesquisa, foram verificados todos os sites das instituições que ofereciam o curso em busca da matriz curricular, olhando disciplinas que poderiam se relacionar com JGD e tentando obter suas ementas e o contato do professor responsável pela disciplina. Também foi feita uma pesquisa em buscadores na web por cursos relacionados a JGD ou a Reportagem Assista por Computadores (RAC), que fossem ministrados em português por entidades profissionais como a Abraji e o Knight Center. No formulário enviado por e-mail, obtivemos 21 respostas dos 281 envios. Dentre as respondentes, 17 instituições possuíam algum treinamento em técnicas de JGD. O número absoluto de respostas, porém, ainda é muito baixo e, por isso, seguimos tentando ampliar a taxa de resposta, adotando novas estratégias de comunicação. Na etapa de verificação dos sites das instituições, 24 das instituições estavam com problemas no site ou não possuíam a matriz curricular disponível. Outras 22 tinham tido seus cursos de jornalismo fechados recentemente. Sem levar em conta os diversos campi e as diferentes unidades de uma mesma instituição, a nova tabela conta com 205 instituições. Na pesquisa sobre os cursos profissionalizantes, foram encontrados 12 cursos, principalmente online. Os próximos passos da pesquisa são enviar e-mails para os coordenadores de curso e professores que conseguimos na pedindo mais informações sobre as disciplinas que podem conter conteúdos de JGD e/ou RAC. Também, enviar o questionário para os professores que já sabemos que ministram disciplinas de JGD em suas universidades.

Promovendo Insight: como incorporar interatividade em visualizações de dados existentes

Promoting Insight: A Case Study of How to Incorporate Interaction in Existing Data Visualizations

Já está disponível o artigo que apresentei no 20th International Conference Information Visualisation em que analiso algumas visualizações de dados de jornais portugueses: Promoting Insight: A Case Study of How to Incorporate Interaction in Existing Data Visualizations.

Link: Desconto no IRS por autarquia – Expresso e Jornal de Negócios

A sua autarquia faz-lhe um desconto no próximo IRS?

Jornal de Negócios e Expresso criaram mapas interativos com os descontos no Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares( IRS) em todos os municípios de Portugal.

Fonte: Jornal de Notícias | Mapa: A sua autarquia faz-lhe um desconto no próximo IRS? e Expresso | Mapa interativo: saiba se a sua autarquia lhe vai fazer um desconto no IRS

Fonte: Expresso | Mapa interativo: saiba se a sua autarquia lhe vai fazer um desconto no IRS

Saiba se a sua autarquia lhe vai fazer um desconto no IRS

Rota de fuga dos portugueses: gráficos sobre migração

Semana passada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou o relatório “Panorama da Migração Internacional 2013” com dados de 2001 a 2011 dos países-membros. Diferentemente de outros estudos, dessa vez eles não incluíram países convidados como Brasil, China, Índia e África do Sul.

No tópico dedicado a Portugal, a OCDE diz cerca de 44 mil pessoas deixaram o país em 2011, frente a 23 mil no ano anterior. Infelizmente não há dados sobre os destinos mais procurados por cada país. Só é possível ter essa informação quando o destino é um dos países-membros da OCDE. Dessa forma, a França foi o destino preferido entre os portugueses que decidiram se nacionalizar em outro país em 2011. Quando olhamos os pedidos de nacionalização dos últimos onze anos, todavia, percebemos que os fluxos migratórios estão mudando: cada vez mais portugueses procuram Suíça, Luxemburgo e Espanha como nova pátria.

A OCDE faz uma distinção entre foreign-born population e foreign population. Confesso que fiquei confuso com a definição de cada um dos termos. No primeiro grupo estão “estrangeiros da primeira geração que migraram para outro país”, enquanto que no segundo se situam as “pessoas que se mudaram para outro país e que não renunciaram sua cidadania, e segundas e terceiras gerações filhas desses imigrantes”. Pensei que o 2º grupo englobava o 1º, mas não. Depois achei que no primeiro grupo estão as pessoas que moram no exterior com um visto de longo período (estudo, emprego); e no segundo, quem decidiu se mudar de vez para o novo país, mas não se nacionalizou. Mas essa leitura vai bem além da curta definição OCDE.

Enfim, espero você tenha tido mais sorte em entender a diferença entre os grupos. Entre os destinos preferidos entre os países-membros daqueles que nasceram em Portugal – foreign-born population – só um não é europeu: o Canadá. Portugueses são a maior comunidade de foreign-born population em Luxemburgo.

Entre a foreign population, Portugal é a maior comunidade na França e em Luxemburgo.

Imigração

No caminho inverso, mesmo com a crise a imigração no país cresceu em 2011.

Em 2010, Brasil e Cabo Verde lideraram os pedidos de nacionalização portuguesa.

Em 2011, o número total de novas emissões de residência em Portugal caiu 2%. Brasil é responsável por 25% do total de pedidos.

Desemprego entre jovens cai em 4 países da zona do euro

A taxa de desemprego entre pessoas com menos de 25 anos de idade caiu na Alemanha, na Áustria, na Estônia e na Irlanda. De acordo com dados do gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat), os quatro países foram os únicos da zona do euro a registrar queda no índice em Março de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados da Estônia são referentes a Fevereiro de 2013.

Taxa de desemprego

Tratam-se de exceções. O desemprego entre os jovens é um grande e crescente problema, diz a The Economist na seção Daily chart.

Daily chart

A média da taxa de desemprego na zona do euro subiu de 22,5% (3/2012) para 24% (3/2013). Os cinco países com os índices mais elevados, todavia, estão muito acima desse número.

Taxa de desemprego

Portugal entre os 5 países com menos leitos da UE; Brasil é penúltimo entre os BRICS

O governo português decidiu recentemente congelar a contratação de novos leitos para cuidados continuados. Após o Tribunal Constitucional ter rejeitado o Orçamento, o governo de Passos Coelho precisa cortar cerca de 1 bilhão de euros para manter o compromisso com a Troika.

Em meados de 2012 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório com o número de leitos nos hospital da União Europeia até 2010. Portugal ficou entre os cinco países com menos vagas. Os dados da Grécia e dos Países Baixos são de 2009. Clique na imagem para ver os detalhes.

Taxa de leitos por mil habitantes

Em outro estudo, agora comparando o número de leitos entre os 34 países membros da OCDE (também com dados de 2010), Portugal é o 22º mais bem colocado. Nessa pesquisa muitos países estão com dados defasados: além de Países Baixos e da Grécia, Austrália, Canadá e Estados Unidos apresentam números de 2009, e a Islândia de 2007.

Taxa de leitos por mil habitantes 2

Quando comparamos o número de leitos em 2000 e 2010 na União Europeia, percebemos que há um padrão de queda. Dos 27 países que formam o bloco, apenas a Grécia teve um ligeiro aumento (0,3%), enquanto em outros locais existiu uma queda bruta, como na Letônia (-4,8%). Não estão no gráfico Polônia, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Malta, Irlanda e Reino Unido devido a falta de dados referentes a 2000.

Taxa de leitos por mil habitantes 3

Entre os países da OCDE, impressiona o crescimento da Coreia do Sul. Além do país asiático e da já citada Grécia, quem também registra crescimento no número de leitos é a Turquia. Destaquei os (únicos) países que aumentaram o número de camas, as principais quedas e Portugal.

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Para fechar, segue o desempenho dos países que fazem parte do BRICS entre 2000 e 2009. A OCDE não tinha os dados do ano 2000 de Brasil, Índia e China. Os dados da África do Sul são de 1999 e 20008. Os dados do Brasil são do IBGE e o de Índia e China do Banco Mundial. Portugal está de intruso no gráfico.

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3% da população mundial é migrante

Estados Unidos, Japão e Espanha são os locais mais procurados pelo emigrantes brasileiros. Portugueses, japoneses e italianos são os que mais migram para o Brasil. O Peoplemovin é um infográfico interativo que traz duas colunas, uma com a origem da migração; outra com o destino. Simples, informativo e lindo.

peoplemov