A PBS divulgou semana passada um vídeo sobre visualização de dados. Destaque para o decano Edward Tufte e suas frases certeiras: “estilo e estética não podem resgatar um conteúdo falho”.
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“Talvez nós, jornalistas, não somos tão bons quanto pensamos em comunicar os nossos dados (ou com dados)”
A frase do título é de um slide da apresentação do Alberto Cairo durante o 14º Simpósio Internacional de Jornalismo Online. Outros três jornalistas participaram do painel sobre visualização de dados. Hannah Fairfield, do NYT, falou sobre o processo de criação da matéria Snow Fall, que ganhou o prêmio de formato mais inovador no Malofiej deste ano. Scott Klein, do ProPublica, comentou sobre design de interação e, entre vários exemplos, citou uma reportagem que permite o leitor comparar escolas públicas americanas. Por fim, Kim Rees, do Periscopic, contou como foi o processo de criação do site que contabiliza todas as mortes por arma de fogo nos Estados Unidos.
Um resumo do painel aqui.
Ferramenta interativa permite comparar desempenho de países em diferentes tópicos
O Better Life Index é uma ferramenta desenvolvida pela OCDE que permite comparar os 34 países-membros (mais Brasil e Rússia) em 11 tópicos que a organização avaliou como essenciais para o bem-estar da pessoas. O Brasil se destaca em alguns temas.
No quesito segurança, por exemplo, lideramos o número de assassinatos com uma taxa de homicídios por ano de 22,7 por 100 mil habitantes. Em segundo lugar aparece o México com 19. A média da OCDE é de 2,1. Trocamos de lugar com o México quando o assunto é assaltos. Em um ano, 10,98% da população mexicana relatou ter sido vítima do crime, enquanto no Brasil o número foi de 9,38%. A média da OCDE é 4%. Os dados referentes à taxa de homicídios são de 2009 e os de assaltos são de 2010.

Outro tópico em que o Brasil se destaca é o de renda da família. Descontados os impostos, somos o país com pior renda familiar. Enquanto a média dos países-membros é de 22.387 dólares por ano, no Brasil esse valor cai para 8.007 dólares.

O vídeo a seguir mostra como a ferramenta funciona:
Como você fará seus infográficos no futuro
As diferenças entre o jornalismo de dados praticado na universidade e na redação
Bate-papo sobre como a Academia e as redações estão lidando com o big data. Perto do fim, o professor Matt Waite fala mais ou menos assim:
estudantes de jornalismo que saibam escrever uma matéria e analisar dados – somente isso – é extremante raro. Fora técnicas de visualização de dados e conhecimento de código. Eu digo aos alunos: se você se comprometer a aprender essas coisas eu lhe arranjo um trabalho em qualquer lugar do Ocidente. EUA, Londres, Paris, Barcelona, escolha o local, que eu conheço alguém que precisa de uma pessoa com essas qualidades.
Infográfico reúne a demanda profissional de 30 países pelo mundo
Semana passada a BBC publicou uma matéria reunindo as 20 profissões mais requisitadas em 30 países. O Brasil, por exemplo, precisa de profissionais de TI e engenheiros. Olhando os dados que a BBC disponibilizou para baixar, apenas um país procura jornalistas: Noruega.
O método utilizado para apresentar a informação lembra muito o do Peoplemovin, que comentei aqui.

O mito dos países em desenvolvimento
Um dos pioneiros no uso de dados de forma interativa, Hans Rosling já proferiu centenas de palestras. Nesta, todavia, ele condensa sua uma de suas pesquisas em menos de 3 minutos.
“A visualização de dados foi a melhor coisa que aconteceu para a infografia”
Semana passada, Pamplona recebeu a 21ª edição do Malofiej. A frase do título é de Jaime Serra, que abriu o evento. Ano passado ele foi eleito o infografista mais influente dos últimos 20 anos. Serra mostrou alguns dos seus trabalhos mais recentes (com visualização de dados) como Vida sexual de una pareja estable e Excéntricos.
Outra apresentação que teve como foco a visualização de dados foi a da Fernanda Viégas, que ressaltou a importância de mostrar os dados em toda sua glória e buscar sempre reduzir o tempo gasto pelo leitor para entender a proposta do gráfico. Viégas mostrou como funciona o Google+ Ripples, ferramenta que permite esquadrinhar o alcance de uma postagem na rede social, e o projeto Wind Map. Este último mapeia as correntes de vento nos Estados Unidos. Simples de entender e muito bonito.
O NYT foi o grande vencedor da 21ª edição do Malofiej, com sete ouros, um terço do total. No online, o jornal ainda recebeu várias pratas e bronzes. Um passeio. Mas assistindo à palestra do Graham Roberts percebemos que no online poucos estão no nível do jornal americano. Dentre os prêmios, Snow Fall levou o de formato mais inovador, Lolo Jones, cleared for takeoof o principal prêmio para a internet e o especial sobre Olimpíadas recebeu outro.
Quem também falou de infografia interativa foi Wilson Andrews, que apresentou os trabalhos realizados pelo Washington Post durante as eleições americanas de 2012; Stefanie Posavec, que deixou todo mundo boquiaberto com seus lindos infográficos feitos sem programação; e os holandeses Frederik Ruys e Jan Willem Tulp. Tulp mostrou os seus trabalhos recentes, destaque para o que traz a distribuição dos votos pelas cidades holandesas após as eleições de 2012. Ruys, por sua vez, explicou como foi a coleta dados e as soluções visuais encontradas para apresentá-las no programa “Nederland van Boven“.
3% da população mundial é migrante
Estados Unidos, Japão e Espanha são os locais mais procurados pelo emigrantes brasileiros. Portugueses, japoneses e italianos são os que mais migram para o Brasil. O Peoplemovin é um infográfico interativo que traz duas colunas, uma com a origem da migração; outra com o destino. Simples, informativo e lindo.
