Consumo de maconha no Brasil triplicou em seis anos; o de cocaína duplicou

De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2013 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), em 2011, 8,8% dos brasileiros com idade entre 16 e 64 anos consumiam maconha, ante 2,6% da população em 2005. O consumo de cocaína também cresceu: 1,75%, entre as pessoas com 16 e 64 anos, em 2011, enquanto que em 2005 era 0,7% da população.

Infelizmente os dados não são todos do mesmo ano nem os grupos entrevistados são da mesma faixa etária. Os dados de cocaína, por exemplo, trazem números do Paraguai de 2003, enquanto que os do Brasil, Uruguai e Venezuela são de 2011. A faixa etária utilizada por Argentina, Colômbia, Peru e Equador é dos 12 aos 65 anos de idade. No Brasil, dos 16 aos 64 anos.

Mesmo com o forte crescimento no consumo de cocaína no Brasil, o Uruguai ainda é o maior consumidor do Mercosul, com 2,1% da população fazendo uso da droga.

O consumo de maconha caiu na Argentina (de 6,9 para 3,2) e no Chile (6,7 para 4,88), mas cresceu na Venezuela (0,85 para 1,66), na Colômbia (1,9 para 2,3) no Uruguai (5,6 para 8,3) e no Brasil (2,6 para 8,8), que assumiu a liderança no consumo da droga no Mercosul.

Jornal argentino entre os vencedores do Data Journalism Awards 2013

O La Nación foi o vencedor na categoria Data-Driven Investigations Big Media no Data Journalism Awards 2013, o principal prêmio do jornalismo de dados do mundo. O jornal argentino ganhou o prêmio com uma reportagem sobre as despesas do Senado argentino entre 2004 e 2013.

O pessoal do Tableau criou um mapa interativo com todos os indicados e vencedores. O Brasil teve dois finalistas: Rede de Escândalos, da Veja, e InfoAmazônia, do jornalista Gustavo Faleiros. Veja a lista completa dos finalistas e dos vencedores.

250 milhões de chineses irão migrar do campo para a cidade nos próximos 12 anos

Grande reportagem do NYT sobre a urbanização da China. “No início de 1980, cerca de 80% dos chineses viviam no campo. Atualmente são 47%, além de um adicional de 17% que trabalha nas cidades, mas é classificado como rural. A ideia é acelerar esse processo e conseguir urbanizar a China muito mais rápido do que ocorreria organicamente”, diz o jornal. Mas legal mesmo foi o vídeo que produziram:

Rota de fuga dos portugueses: gráficos sobre migração

Semana passada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou o relatório “Panorama da Migração Internacional 2013” com dados de 2001 a 2011 dos países-membros. Diferentemente de outros estudos, dessa vez eles não incluíram países convidados como Brasil, China, Índia e África do Sul.

No tópico dedicado a Portugal, a OCDE diz cerca de 44 mil pessoas deixaram o país em 2011, frente a 23 mil no ano anterior. Infelizmente não há dados sobre os destinos mais procurados por cada país. Só é possível ter essa informação quando o destino é um dos países-membros da OCDE. Dessa forma, a França foi o destino preferido entre os portugueses que decidiram se nacionalizar em outro país em 2011. Quando olhamos os pedidos de nacionalização dos últimos onze anos, todavia, percebemos que os fluxos migratórios estão mudando: cada vez mais portugueses procuram Suíça, Luxemburgo e Espanha como nova pátria.

A OCDE faz uma distinção entre foreign-born population e foreign population. Confesso que fiquei confuso com a definição de cada um dos termos. No primeiro grupo estão “estrangeiros da primeira geração que migraram para outro país”, enquanto que no segundo se situam as “pessoas que se mudaram para outro país e que não renunciaram sua cidadania, e segundas e terceiras gerações filhas desses imigrantes”. Pensei que o 2º grupo englobava o 1º, mas não. Depois achei que no primeiro grupo estão as pessoas que moram no exterior com um visto de longo período (estudo, emprego); e no segundo, quem decidiu se mudar de vez para o novo país, mas não se nacionalizou. Mas essa leitura vai bem além da curta definição OCDE.

Enfim, espero você tenha tido mais sorte em entender a diferença entre os grupos. Entre os destinos preferidos entre os países-membros daqueles que nasceram em Portugal – foreign-born population – só um não é europeu: o Canadá. Portugueses são a maior comunidade de foreign-born population em Luxemburgo.

Entre a foreign population, Portugal é a maior comunidade na França e em Luxemburgo.

Imigração

No caminho inverso, mesmo com a crise a imigração no país cresceu em 2011.

Em 2010, Brasil e Cabo Verde lideraram os pedidos de nacionalização portuguesa.

Em 2011, o número total de novas emissões de residência em Portugal caiu 2%. Brasil é responsável por 25% do total de pedidos.

Guia de sobrevivência para infográficos

A fala Gregor Aisch é um tanto vacilante nesta apresentação, mas as dicas são precisas. A explanação é dividida em três tópicos: gráfico, cor e mapa. Há um segundo vídeo em que Gregor Aisch apresenta 3 ferramentas: Datawrapper – que somos fervorosos usuários -; QGIS – que cria mapas (não conheço) -; e o Tableau Public – que também usamos regularmente.

Os slides.

Via

Mapa com os homicídios por km² nos primeiros 4 meses de 2013 em Fortaleza

Enquanto a SSPDS não divulga os dados referentes a Maio, pedi a ajuda do Ernesto Molinas para criar um mapa com os homicídios em Fortaleza no primeiro quadrimestre de 2013. Como já tinha falado dos dados brutos e a comparação com 2012, focamos no número de homicídios por km².

Pirambu é o líder, com 19 homicídios por km². Em seguida aparecem Vila Ellery, Moura Brasil, Cidade 2000 e Jardim Iracema, todos com 10 mortes por km². O mapa é interativo e permite selecionar uma determinada área e ver os dados na tabela. Vale a pena perder um tempo navegando pelos bairros.

Calcule quando a economia chinesa vai ultrapassar a norte-americana

Infográfico interativo da The Economist permite que o leitor defina quando o PIB da China irá passar o dos EUA. O cálculo é feito a partir de três variáveis: o PIB, a inflação e a valorização da moeda chinesa frente o dólar.

http://infographics.economist.com/China_US_GDP_20130603/China_US.swf

52% dos brasileiros terão acesso à Internet em 2017, com velocidade média de 14 Mbps

110 milhões de brasileiros terão acesso à web em 2017, de acordo com a pesquisa anual Visual Networking Index da multinacional americana Cisco. 52% da população com acesso daqui a 4 anos é pouco ou muito?

Comparando com os outros países-membros do BRICS, estamos bem atrás da líder Rússia, mas muito na frente da lanterna África do Sul.

A velocidade média da Internet no Brasil vai crescer 2,5 vezes nos próximos 4 anos. É o segundo menor crescimento entre os BRICs, ganhando apenas da África do Sul.

Fora o Brasil, os únicos países da América Latina com dados detalhados na pesquisa são Argentina, Chile e México. Proporcionalmente, o Brasil terá o menor número de usuários entre esses países.

Em 2017, de acordo com o estudo da Cisco, a Argentina terá a pior velocidade média da Internet entre os quatro países.

Como contar uma história com visualização interativa da melhor forma possível

Os slides da apresentação de Edward Segel. Em parceria com Jeffrey Heer, ele escreveu um artigo fundamental sobre o assunto. Essa apresentação aconteceu em Janeiro de 2012 durante um workshop sobre Digital Storytelling em Berkeley, Universidade da Califórnia.