Apreensão de cocaína cai 67% em Fortaleza nos cinco primeiros meses do ano em Fortaleza

Entre Janeiro e Maio de 2013 foram apreendidos 15,8 kg de cocaína em Fortaleza. O valor representa uma queda de 67,4% nas apreensões da droga, uma vez que no mesmo período do ano passado 48,4 kg de cocaína foram apreendidos. De acordo com os dados da SSPDS, a apreensão de crack também caiu: nos cinco primeiros meses do ano foram 21,2 kg, enquanto que nos cinco primeiros meses de 2012 foram 32 kg. Uma queda de 33,7%. A apreensão de maconha, todavia, cresceu 865% no mesmo período.

http://cf.datawrapper.de/SiEiS/

Com o auxílio do Ernesto Molinas, montamos 3 mapas. O primeiro traz o total de cocaína apreendida em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Parque Santa Rosa (1,1 kg), Jardim Iracema (1 kg), Mucuripe (1 kg) e Aldeota (1 kg) foram os bairros com maior volume de apreensão.

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Mapa com o total de crack apreendido em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Três bairros registraram mais de 1 kg no acumulado do ano: Demócrito Rocha (4,9 kg), Bonsucesso (1,9 kg) e Passaré (1,6 kg).

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Mapa com o total de maconha apreendida em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Os cinco bairros com maiores apreensões dessa droga foram: Guajerú (654 kg), Parquelândia (112 kg), Aldeota (94 kg), Mondubim (7 kg) e Barra do Ceará (6 kg).

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Homicídios crescem 26% em Fortaleza nos primeiros 5 meses de 2013

O número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) em Fortaleza cresceu 26% nos cinco primeiros meses de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados divulgados nesta SSPDS nesta segunda-feira (8), foram 818 mortos este ano, ante 649 nos cinco primeiros meses de 2012. Em Maio foram 156 mortes, um aumento de 9,85% em comparação com Maio de 2012, que registrou 142 assassinatos.

Jangurussu e Barra do Ceará são os bairros que mais registraram mortes este ano, 29 homicídios cada um. Quando calculamos os locais mais violentos por mil habitantes, todavia, nenhum dos dois aparece. Proporcionalmente, Pedras foi o bairro mais violento de Fortaleza nestes cinco primeiros meses de 2013.

Dashboard 1

As regionais V e VI concentraram 49% dos homicídios este ano. A Regional IV registrou a menor taxa de assassinatos por mil habitantes, 0,19.

Regionais

Fortaleza entre as 5 capitais com menor variação no preço da tarifa do ônibus nos últimos 19 anos

A passagem de ônibus em Fortaleza aumentou 450% nos últimos 19 anos, o que coloca a capital do Ceará como a quarta do Brasil com o menor crescimento no período. Brasília, Recife, São Luís e Belo Horizonte completam a lista. De acordo com o estudo Evolução das Tarifas de Ônibus Urbanos 1994 a 2003, do Ministério das Cidades, em Julho de 1994 a tarifa em Fortaleza era R$ 0,40. Atualmente, é R$ 2,20.

Como mais de 10 capitais anunciaram redução no preço da passagem desde Junho, os valores utilizados foram os de antes da redução. A fonte foi o G1. Belo Horizonte, Recife e Brasília possuem tarifas com valores diferentes dependendo do destino, usamos os valores mais baixos.

Uma passagem desse estudo de 2004:

As tarifas praticadas atualmente, são consideradas elevadas pelo usuário, e têm sido responsável pela crescente exclusão de milhares de cidadãos dos serviços de transporte público coletivo oferecidos nas cidades, e pelo aumento da “marcha a pé” por motivo de trabalho nos grandes centros urbanos. O alto valor das tarifas tem sido responsável também pelo surgimento de novos problemas sociais como os “desabrigados com teto”, trabalhadores sem o direito de ir e vir por falta de dinheiro para pagar a passagem.

Semana passada o Ipea lançou uma nota técnica sobre a tarifação do transporte público urbano. De acordo com o relatório, as tarifas de ônibus subiram mais do que os custos de carros e motos entre 2000 e 2012. A fuga dos passageiros e a alta dos insumos é aponta como razões para a subida no preço da passagem:

Pelo lado dos custos observa-se uma elevação real dos principais insumos do setor (principalmente o diesel), enquanto pelo lado da demanda observa-se que o volume de passageiros pagantes caiu bastante em relação ao final do século passado. A conjunção desses dois fatores — elevação dos custos e redução dos níveis de passageiros pagantes — provocou a elevação do preço das tarifas em termos reais.

Há na nota técnica uma evolução da tarifa do ônibus e da inflação entre 2000 e 2012 em 11 capitais. Ao lado de Brasília, Fortaleza é uma das duas únicas capitais em que a variação do valor da passagem não ultrapassou o da inflação. Infelizmente não achei os dados brutos, por isso reproduzo a imagem que vem no estudo.

Evolução da tarifa de ônibus

Consumo de maconha no Brasil triplicou em seis anos; o de cocaína duplicou

De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2013 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), em 2011, 8,8% dos brasileiros com idade entre 16 e 64 anos consumiam maconha, ante 2,6% da população em 2005. O consumo de cocaína também cresceu: 1,75%, entre as pessoas com 16 e 64 anos, em 2011, enquanto que em 2005 era 0,7% da população.

Infelizmente os dados não são todos do mesmo ano nem os grupos entrevistados são da mesma faixa etária. Os dados de cocaína, por exemplo, trazem números do Paraguai de 2003, enquanto que os do Brasil, Uruguai e Venezuela são de 2011. A faixa etária utilizada por Argentina, Colômbia, Peru e Equador é dos 12 aos 65 anos de idade. No Brasil, dos 16 aos 64 anos.

Mesmo com o forte crescimento no consumo de cocaína no Brasil, o Uruguai ainda é o maior consumidor do Mercosul, com 2,1% da população fazendo uso da droga.

O consumo de maconha caiu na Argentina (de 6,9 para 3,2) e no Chile (6,7 para 4,88), mas cresceu na Venezuela (0,85 para 1,66), na Colômbia (1,9 para 2,3) no Uruguai (5,6 para 8,3) e no Brasil (2,6 para 8,8), que assumiu a liderança no consumo da droga no Mercosul.

Jornal argentino entre os vencedores do Data Journalism Awards 2013

O La Nación foi o vencedor na categoria Data-Driven Investigations Big Media no Data Journalism Awards 2013, o principal prêmio do jornalismo de dados do mundo. O jornal argentino ganhou o prêmio com uma reportagem sobre as despesas do Senado argentino entre 2004 e 2013.

O pessoal do Tableau criou um mapa interativo com todos os indicados e vencedores. O Brasil teve dois finalistas: Rede de Escândalos, da Veja, e InfoAmazônia, do jornalista Gustavo Faleiros. Veja a lista completa dos finalistas e dos vencedores.

250 milhões de chineses irão migrar do campo para a cidade nos próximos 12 anos

Grande reportagem do NYT sobre a urbanização da China. “No início de 1980, cerca de 80% dos chineses viviam no campo. Atualmente são 47%, além de um adicional de 17% que trabalha nas cidades, mas é classificado como rural. A ideia é acelerar esse processo e conseguir urbanizar a China muito mais rápido do que ocorreria organicamente”, diz o jornal. Mas legal mesmo foi o vídeo que produziram:

Rota de fuga dos portugueses: gráficos sobre migração

Semana passada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou o relatório “Panorama da Migração Internacional 2013” com dados de 2001 a 2011 dos países-membros. Diferentemente de outros estudos, dessa vez eles não incluíram países convidados como Brasil, China, Índia e África do Sul.

No tópico dedicado a Portugal, a OCDE diz cerca de 44 mil pessoas deixaram o país em 2011, frente a 23 mil no ano anterior. Infelizmente não há dados sobre os destinos mais procurados por cada país. Só é possível ter essa informação quando o destino é um dos países-membros da OCDE. Dessa forma, a França foi o destino preferido entre os portugueses que decidiram se nacionalizar em outro país em 2011. Quando olhamos os pedidos de nacionalização dos últimos onze anos, todavia, percebemos que os fluxos migratórios estão mudando: cada vez mais portugueses procuram Suíça, Luxemburgo e Espanha como nova pátria.

A OCDE faz uma distinção entre foreign-born population e foreign population. Confesso que fiquei confuso com a definição de cada um dos termos. No primeiro grupo estão “estrangeiros da primeira geração que migraram para outro país”, enquanto que no segundo se situam as “pessoas que se mudaram para outro país e que não renunciaram sua cidadania, e segundas e terceiras gerações filhas desses imigrantes”. Pensei que o 2º grupo englobava o 1º, mas não. Depois achei que no primeiro grupo estão as pessoas que moram no exterior com um visto de longo período (estudo, emprego); e no segundo, quem decidiu se mudar de vez para o novo país, mas não se nacionalizou. Mas essa leitura vai bem além da curta definição OCDE.

Enfim, espero você tenha tido mais sorte em entender a diferença entre os grupos. Entre os destinos preferidos entre os países-membros daqueles que nasceram em Portugal – foreign-born population – só um não é europeu: o Canadá. Portugueses são a maior comunidade de foreign-born population em Luxemburgo.

Entre a foreign population, Portugal é a maior comunidade na França e em Luxemburgo.

Imigração

No caminho inverso, mesmo com a crise a imigração no país cresceu em 2011.

Em 2010, Brasil e Cabo Verde lideraram os pedidos de nacionalização portuguesa.

Em 2011, o número total de novas emissões de residência em Portugal caiu 2%. Brasil é responsável por 25% do total de pedidos.

Guia de sobrevivência para infográficos

A fala Gregor Aisch é um tanto vacilante nesta apresentação, mas as dicas são precisas. A explanação é dividida em três tópicos: gráfico, cor e mapa. Há um segundo vídeo em que Gregor Aisch apresenta 3 ferramentas: Datawrapper – que somos fervorosos usuários -; QGIS – que cria mapas (não conheço) -; e o Tableau Public – que também usamos regularmente.

Os slides.

Via

Mapa com os homicídios por km² nos primeiros 4 meses de 2013 em Fortaleza

Enquanto a SSPDS não divulga os dados referentes a Maio, pedi a ajuda do Ernesto Molinas para criar um mapa com os homicídios em Fortaleza no primeiro quadrimestre de 2013. Como já tinha falado dos dados brutos e a comparação com 2012, focamos no número de homicídios por km².

Pirambu é o líder, com 19 homicídios por km². Em seguida aparecem Vila Ellery, Moura Brasil, Cidade 2000 e Jardim Iracema, todos com 10 mortes por km². O mapa é interativo e permite selecionar uma determinada área e ver os dados na tabela. Vale a pena perder um tempo navegando pelos bairros.