Em 3 décadas, Ceará tem a 5ª maior alta na expectativa de vida entre as UF; CE tem a 3ª melhor expectativa de vida do Norte-Nordeste

A expectativa de vida no Ceará aumentou de 58,96 anos, em 1980, para 72,4 anos, em 2010, um acréscimo de 13,44 anos. Esse é o quinto maior crescimento na expectativa de vida entre as 27 Unidades da Federação, de acordo com os dados do Tábuas de Mortalidade 2010, divulgado nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na frente do Ceará, 4 outros estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, respectivamente. Não há dados referentes ao Tocantins.

De acordo com a Tábuas de Mortalidade 2010, o Ceará tem a terceira melhor expectativa de vida do Norte-Nordeste.

Em 30 anos, a expectativa de vida entre as mulheres cresceu 14,38 anos, enquanto entre os homens a subida foi de 12,48.

Estadão cria mapa com a evolução da taxa de homicídios em microrregiões do Brasil

Dois bons posts no Estadão Dados. No Quatro entre cinco microrregiões têm taxas de homicídio epidêmicas, há uma comparação entre a taxa de homicídios em 2001 e em 2011. Em Fortaleza, o número de assassinatos por 100 mil habitantes cresceu 95%, saltando de 23,9 para 46,7.

Taxa de homicídios

O Risco de assassinato é maior do litoral do Espírito Santo à Paraíba traz um levantamento da taxa de homicídios por município em 2011.

Taxa de homicídios

Os dados são do Datasus.

Fortaleza entre as 5 capitais com menor variação no preço da tarifa do ônibus nos últimos 19 anos

A passagem de ônibus em Fortaleza aumentou 450% nos últimos 19 anos, o que coloca a capital do Ceará como a quarta do Brasil com o menor crescimento no período. Brasília, Recife, São Luís e Belo Horizonte completam a lista. De acordo com o estudo Evolução das Tarifas de Ônibus Urbanos 1994 a 2003, do Ministério das Cidades, em Julho de 1994 a tarifa em Fortaleza era R$ 0,40. Atualmente, é R$ 2,20.

Como mais de 10 capitais anunciaram redução no preço da passagem desde Junho, os valores utilizados foram os de antes da redução. A fonte foi o G1. Belo Horizonte, Recife e Brasília possuem tarifas com valores diferentes dependendo do destino, usamos os valores mais baixos.

Uma passagem desse estudo de 2004:

As tarifas praticadas atualmente, são consideradas elevadas pelo usuário, e têm sido responsável pela crescente exclusão de milhares de cidadãos dos serviços de transporte público coletivo oferecidos nas cidades, e pelo aumento da “marcha a pé” por motivo de trabalho nos grandes centros urbanos. O alto valor das tarifas tem sido responsável também pelo surgimento de novos problemas sociais como os “desabrigados com teto”, trabalhadores sem o direito de ir e vir por falta de dinheiro para pagar a passagem.

Semana passada o Ipea lançou uma nota técnica sobre a tarifação do transporte público urbano. De acordo com o relatório, as tarifas de ônibus subiram mais do que os custos de carros e motos entre 2000 e 2012. A fuga dos passageiros e a alta dos insumos é aponta como razões para a subida no preço da passagem:

Pelo lado dos custos observa-se uma elevação real dos principais insumos do setor (principalmente o diesel), enquanto pelo lado da demanda observa-se que o volume de passageiros pagantes caiu bastante em relação ao final do século passado. A conjunção desses dois fatores — elevação dos custos e redução dos níveis de passageiros pagantes — provocou a elevação do preço das tarifas em termos reais.

Há na nota técnica uma evolução da tarifa do ônibus e da inflação entre 2000 e 2012 em 11 capitais. Ao lado de Brasília, Fortaleza é uma das duas únicas capitais em que a variação do valor da passagem não ultrapassou o da inflação. Infelizmente não achei os dados brutos, por isso reproduzo a imagem que vem no estudo.

Evolução da tarifa de ônibus

Consumo de maconha no Brasil triplicou em seis anos; o de cocaína duplicou

De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2013 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), em 2011, 8,8% dos brasileiros com idade entre 16 e 64 anos consumiam maconha, ante 2,6% da população em 2005. O consumo de cocaína também cresceu: 1,75%, entre as pessoas com 16 e 64 anos, em 2011, enquanto que em 2005 era 0,7% da população.

Infelizmente os dados não são todos do mesmo ano nem os grupos entrevistados são da mesma faixa etária. Os dados de cocaína, por exemplo, trazem números do Paraguai de 2003, enquanto que os do Brasil, Uruguai e Venezuela são de 2011. A faixa etária utilizada por Argentina, Colômbia, Peru e Equador é dos 12 aos 65 anos de idade. No Brasil, dos 16 aos 64 anos.

Mesmo com o forte crescimento no consumo de cocaína no Brasil, o Uruguai ainda é o maior consumidor do Mercosul, com 2,1% da população fazendo uso da droga.

O consumo de maconha caiu na Argentina (de 6,9 para 3,2) e no Chile (6,7 para 4,88), mas cresceu na Venezuela (0,85 para 1,66), na Colômbia (1,9 para 2,3) no Uruguai (5,6 para 8,3) e no Brasil (2,6 para 8,8), que assumiu a liderança no consumo da droga no Mercosul.

Jornal argentino entre os vencedores do Data Journalism Awards 2013

O La Nación foi o vencedor na categoria Data-Driven Investigations Big Media no Data Journalism Awards 2013, o principal prêmio do jornalismo de dados do mundo. O jornal argentino ganhou o prêmio com uma reportagem sobre as despesas do Senado argentino entre 2004 e 2013.

O pessoal do Tableau criou um mapa interativo com todos os indicados e vencedores. O Brasil teve dois finalistas: Rede de Escândalos, da Veja, e InfoAmazônia, do jornalista Gustavo Faleiros. Veja a lista completa dos finalistas e dos vencedores.

Rota de fuga dos portugueses: gráficos sobre migração

Semana passada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou o relatório “Panorama da Migração Internacional 2013” com dados de 2001 a 2011 dos países-membros. Diferentemente de outros estudos, dessa vez eles não incluíram países convidados como Brasil, China, Índia e África do Sul.

No tópico dedicado a Portugal, a OCDE diz cerca de 44 mil pessoas deixaram o país em 2011, frente a 23 mil no ano anterior. Infelizmente não há dados sobre os destinos mais procurados por cada país. Só é possível ter essa informação quando o destino é um dos países-membros da OCDE. Dessa forma, a França foi o destino preferido entre os portugueses que decidiram se nacionalizar em outro país em 2011. Quando olhamos os pedidos de nacionalização dos últimos onze anos, todavia, percebemos que os fluxos migratórios estão mudando: cada vez mais portugueses procuram Suíça, Luxemburgo e Espanha como nova pátria.

A OCDE faz uma distinção entre foreign-born population e foreign population. Confesso que fiquei confuso com a definição de cada um dos termos. No primeiro grupo estão “estrangeiros da primeira geração que migraram para outro país”, enquanto que no segundo se situam as “pessoas que se mudaram para outro país e que não renunciaram sua cidadania, e segundas e terceiras gerações filhas desses imigrantes”. Pensei que o 2º grupo englobava o 1º, mas não. Depois achei que no primeiro grupo estão as pessoas que moram no exterior com um visto de longo período (estudo, emprego); e no segundo, quem decidiu se mudar de vez para o novo país, mas não se nacionalizou. Mas essa leitura vai bem além da curta definição OCDE.

Enfim, espero você tenha tido mais sorte em entender a diferença entre os grupos. Entre os destinos preferidos entre os países-membros daqueles que nasceram em Portugal – foreign-born population – só um não é europeu: o Canadá. Portugueses são a maior comunidade de foreign-born population em Luxemburgo.

Entre a foreign population, Portugal é a maior comunidade na França e em Luxemburgo.

Imigração

No caminho inverso, mesmo com a crise a imigração no país cresceu em 2011.

Em 2010, Brasil e Cabo Verde lideraram os pedidos de nacionalização portuguesa.

Em 2011, o número total de novas emissões de residência em Portugal caiu 2%. Brasil é responsável por 25% do total de pedidos.

52% dos brasileiros terão acesso à Internet em 2017, com velocidade média de 14 Mbps

110 milhões de brasileiros terão acesso à web em 2017, de acordo com a pesquisa anual Visual Networking Index da multinacional americana Cisco. 52% da população com acesso daqui a 4 anos é pouco ou muito?

Comparando com os outros países-membros do BRICS, estamos bem atrás da líder Rússia, mas muito na frente da lanterna África do Sul.

A velocidade média da Internet no Brasil vai crescer 2,5 vezes nos próximos 4 anos. É o segundo menor crescimento entre os BRICs, ganhando apenas da África do Sul.

Fora o Brasil, os únicos países da América Latina com dados detalhados na pesquisa são Argentina, Chile e México. Proporcionalmente, o Brasil terá o menor número de usuários entre esses países.

Em 2017, de acordo com o estudo da Cisco, a Argentina terá a pior velocidade média da Internet entre os quatro países.

Ferramenta interativa permite comparar desempenho de países em diferentes tópicos

O Better Life Index é uma ferramenta desenvolvida pela OCDE que permite comparar os 34 países-membros (mais Brasil e Rússia) em 11 tópicos que a organização avaliou como essenciais para o bem-estar da pessoas. O Brasil se destaca em alguns temas.

No quesito segurança, por exemplo, lideramos o número de assassinatos com uma taxa de homicídios por ano de 22,7 por 100 mil habitantes. Em segundo lugar aparece o México com 19. A média da OCDE é de 2,1. Trocamos de lugar com o México quando o assunto é assaltos. Em um ano, 10,98% da população mexicana relatou ter sido vítima do crime, enquanto no Brasil o número foi de 9,38%. A média da OCDE é 4%. Os dados referentes à taxa de homicídios são de 2009 e os de assaltos são de 2010.

Segurança

Outro tópico em que o Brasil se destaca é o de renda da família. Descontados os impostos, somos o país com pior renda familiar. Enquanto a média dos países-membros é de 22.387 dólares por ano, no Brasil esse valor cai para 8.007 dólares.

Rendimentos

O vídeo a seguir mostra como a ferramenta funciona:

Portugal entre os 5 países com menos leitos da UE; Brasil é penúltimo entre os BRICS

O governo português decidiu recentemente congelar a contratação de novos leitos para cuidados continuados. Após o Tribunal Constitucional ter rejeitado o Orçamento, o governo de Passos Coelho precisa cortar cerca de 1 bilhão de euros para manter o compromisso com a Troika.

Em meados de 2012 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório com o número de leitos nos hospital da União Europeia até 2010. Portugal ficou entre os cinco países com menos vagas. Os dados da Grécia e dos Países Baixos são de 2009. Clique na imagem para ver os detalhes.

Taxa de leitos por mil habitantes

Em outro estudo, agora comparando o número de leitos entre os 34 países membros da OCDE (também com dados de 2010), Portugal é o 22º mais bem colocado. Nessa pesquisa muitos países estão com dados defasados: além de Países Baixos e da Grécia, Austrália, Canadá e Estados Unidos apresentam números de 2009, e a Islândia de 2007.

Taxa de leitos por mil habitantes 2

Quando comparamos o número de leitos em 2000 e 2010 na União Europeia, percebemos que há um padrão de queda. Dos 27 países que formam o bloco, apenas a Grécia teve um ligeiro aumento (0,3%), enquanto em outros locais existiu uma queda bruta, como na Letônia (-4,8%). Não estão no gráfico Polônia, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Malta, Irlanda e Reino Unido devido a falta de dados referentes a 2000.

Taxa de leitos por mil habitantes 3

Entre os países da OCDE, impressiona o crescimento da Coreia do Sul. Além do país asiático e da já citada Grécia, quem também registra crescimento no número de leitos é a Turquia. Destaquei os (únicos) países que aumentaram o número de camas, as principais quedas e Portugal.

Taxa de leitos por mil habitantes 4

Para fechar, segue o desempenho dos países que fazem parte do BRICS entre 2000 e 2009. A OCDE não tinha os dados do ano 2000 de Brasil, Índia e China. Os dados da África do Sul são de 1999 e 20008. Os dados do Brasil são do IBGE e o de Índia e China do Banco Mundial. Portugal está de intruso no gráfico.

Taxa de leitos por mil habitantes 5

Infográfico reúne a demanda profissional de 30 países pelo mundo

Semana passada a BBC publicou uma matéria reunindo as 20 profissões mais requisitadas em 30 países. O Brasil, por exemplo, precisa de profissionais de TI e engenheiros. Olhando os dados que a BBC disponibilizou para baixar, apenas um país procura jornalistas: Noruega.

O método utilizado para apresentar a informação lembra muito o do Peoplemovin, que comentei aqui.

Os 20 profissionais estrangeiros mais procurados