Nos oito primeiros meses de 2013, Itaitinga registrou 45 assassinatos, o que representa uma taxa de 1,25 homicídios por mil habitantes. A maior taxa do Ceará. Fortaleza, com seus 1254 homicídios, fica na 14ª posição, com uma taxa de 0.51 homicídios. Abaixo, um mapa feito pelo Ernesto Molinas com a taxa de homicídios de município cearense. 32 cidades não registraram assassinatos. Salta aos olhos os altos níveis de violência no Baixo Jaguaribe e baixos índices do litoral de Camocim e Acaraú.
Em valores absolutos, Fortaleza aparece soberana em primeiro lugar, com uma média de 5 homicídios por dia em 2013 e com sete vezes mais homicídios do que o segundo colocado.
Nos seis primeiros meses de 2013, Fortaleza registrou 982 homicídios dolosos (quando há a intenção de matar). Para colocar esses números em perspectiva, fui atrás dos dados das demais capitais do Brasil. O problema é que celeridade não é o forte das secretarias de Segurança dos estados. No Rio de Janeiro, só tem estatísticas até Maio; Bahia e Paraná não atualizam desde Março. Fora os que não disponibilizam dado nenhum: Acre, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Sergipe, Roraima, Alagoas e Tocantins.
É possível comparar os casos de homicídios dolosos, mês a mês (de Janeiro a Junho), entre 11 capitais: Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Recife, São Luís, São Paulo e Vitória. Como a proposta é olhar os números por mês, adicionei à lista Brasília e Rio de Janeiro (que tem dados até Maio), Salvador e Curitiba (que tem dados até Março). No infográfico percebemos que Fortaleza reina absoluta na primeira colocação.
Mas não é apenas em números absolutos que a capital cearense se destaca no ranking dos assassinatos. Quando comparamos a taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre Janeiro e Junho de 2013, Fortaleza é vice-líder, colada no primeiro colocado (João Pessoa) e com bastante folga para o terceiro (São Luís). Nesse gráfico foram retirados Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Cuiabá porque não há dados dos seis primeiros meses do ano. Porto Velho, João Pessoa, Teresina e Manaus, que disponibilizam apenas o total de casos do semestre, foram adicionados.
Os casos de homicídios subiram 27,53% em Fortaleza no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (05) pela SSPDS.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 982 homicídios na capital, o que representa uma média de 5,4 assassinatos por dia. Em igual período de 2012, foram 770 casos. Somente em junho, foram 164 mortes, ante 121 no mesmo mês de 2012, um aumento de 35,53%.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou na segunda-feira (29) o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das cidades brasileiras. O IDHM vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. O Pnud classifica como “muito alto desenvolvimento humano” índices entre 0,8 e 1. A seguir a classificação com as maiores (e as menores) evoluções entre os municípios do Ceará em Educação, Renda, Longevidade e o IDHM geral, que leva em consideração as categorias anteriores.
Dona do melhor IDHM do estado, Fortaleza viu a diferença para os demais municípios do Ceará cair consideravelmente nos últimos 20 anos. A capital do estado teve a pior evolução no IDHM, crescendo 38%, de 0,546 para 0,754. Em 1991, Fortaleza tinha o único IDHM considerado “baixo” (0,5 a 0,599), todos os demais 183 municípios eram classificados como “muito baixo” (0 a 0,499). Em 2010, todavia, quatro cidades figuravam na categoria IDHM “alto” (0,7 a 0,799): Fortaleza, Sobral, Crato e Eusébio. 131 cidades possuem IDHM considerado “médio” e 49, “baixo”. Nenhum município cearense fica na faixa do “muito baixo”.
Graça obteve o maior crescimento nesses 20 anos, fulgurosos 282%, saltando da última colocação para a 176ª. Ou seja, agora Graça tem o nono pior IDHM do Ceará. Um dos municípios que conseguiu subir mais colocações no IDHM foi Jijoca de Jericoacoara, da 181ª para a 23ª posição.
Fortaleza também aparece na última colocação entre os 184 municípios cearenses no IDHM Educação. A variação de IDHM foi de 89%. Ipaporanga foi a cidade que mais evoluiu, 2711%.
Fortaleza se recupera no IDHM Renda e sobe para a penúltima posição, com evolução de 15%. Pacujá fica na lanterna com 4%. Entre 1991 e 2010, Tarrafas registrou um crescimento de 91% na renda média mensal por pessoa.
Mas é no IDHM Longevidade que Fortaleza sai da rabeira. A capital aparece na 166ª colocação, com evolução de 20%. Umari registrou o maior crescimento no quesito esperança de vida ao nascer: 54%.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta segunda-feira (29) o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das cidades brasileiras. O IDHM vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. A seguir a classificação dos 184 municípios do Ceará em Educação, Renda, Longevidade e o IDHM geral, que leva em consideração as categorias anteriores. O Pnud classifica como “muito alto desenvolvimento humano” índices entre 0,8 e 1.
Fortaleza, Sobral, Crato, Eusébio e Juazeiro do Norte possuem, respectivamente, os melhores IDH do estado. Salitre, Granja, Potengi, Itatira e Araripe, os piores.
Fortaleza também aparece na primeira colocação no IDHM Educação. Não devemos comparar estudos, mas vale lembrar que 2012, Fortaleza ficou na penúltima colocação no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece Alfa). O Spaece Alfa verifica a qualidade do ensino nos municípios cearenses ao avaliar alunos do 2º e do 5º ano do ensino fundamental. A metodologia para calcular o IDHM leva em consideração alunos na escola, alunos nos anos finais do fundamental, pessoas com fundamental completo e com médio completo.
A expectativa de vida é considerada “muito alta” em oito municípios cearenses: Sobral, Fortaleza, Crato, Barbalha, Juazeiro do Norte, Caucaia, Iguatu e Limoeiro do Norte.
Fortaleza, Eusébio, Crato, Sobral e Juazeiro do Norte possuem as melhores renda per capita. Choró, Moraújo, Gtanja, Salitre e Croatá, as piores.
Dois bons posts no Estadão Dados. No Quatro entre cinco microrregiões têm taxas de homicídio epidêmicas, há uma comparação entre a taxa de homicídios em 2001 e em 2011. Em Fortaleza, o número de assassinatos por 100 mil habitantes cresceu 95%, saltando de 23,9 para 46,7.
Entre Janeiro e Maio de 2013 foram apreendidos 15,8 kg de cocaína em Fortaleza. O valor representa uma queda de 67,4% nas apreensões da droga, uma vez que no mesmo período do ano passado 48,4 kg de cocaína foram apreendidos. De acordo com os dados da SSPDS, a apreensão de crack também caiu: nos cinco primeiros meses do ano foram 21,2 kg, enquanto que nos cinco primeiros meses de 2012 foram 32 kg. Uma queda de 33,7%. A apreensão de maconha, todavia, cresceu 865% no mesmo período.
Com o auxílio do Ernesto Molinas, montamos 3 mapas. O primeiro traz o total de cocaína apreendida em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Parque Santa Rosa (1,1 kg), Jardim Iracema (1 kg), Mucuripe (1 kg) e Aldeota (1 kg) foram os bairros com maior volume de apreensão.
Mapa com o total de crack apreendido em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Três bairros registraram mais de 1 kg no acumulado do ano: Demócrito Rocha (4,9 kg), Bonsucesso (1,9 kg) e Passaré (1,6 kg).
Mapa com o total de maconha apreendida em Fortaleza entre Janeiro e Maio de 2013. Os cinco bairros com maiores apreensões dessa droga foram: Guajerú (654 kg), Parquelândia (112 kg), Aldeota (94 kg), Mondubim (7 kg) e Barra do Ceará (6 kg).
O número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) em Fortaleza cresceu 26% nos cinco primeiros meses de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados divulgados nesta SSPDS nesta segunda-feira (8), foram 818 mortos este ano, ante 649 nos cinco primeiros meses de 2012. Em Maio foram 156 mortes, um aumento de 9,85% em comparação com Maio de 2012, que registrou 142 assassinatos.
Jangurussu e Barra do Ceará são os bairros que mais registraram mortes este ano, 29 homicídios cada um. Quando calculamos os locais mais violentos por mil habitantes, todavia, nenhum dos dois aparece. Proporcionalmente, Pedras foi o bairro mais violento de Fortaleza nestes cinco primeiros meses de 2013.
As regionais V e VI concentraram 49% dos homicídios este ano. A Regional IV registrou a menor taxa de assassinatos por mil habitantes, 0,19.
A passagem de ônibus em Fortaleza aumentou 450% nos últimos 19 anos, o que coloca a capital do Ceará como a quarta do Brasil com o menor crescimento no período. Brasília, Recife, São Luís e Belo Horizonte completam a lista. De acordo com o estudo Evolução das Tarifas de Ônibus Urbanos 1994 a 2003, do Ministério das Cidades, em Julho de 1994 a tarifa em Fortaleza era R$ 0,40. Atualmente, é R$ 2,20.
Como mais de 10 capitais anunciaram redução no preço da passagem desde Junho, os valores utilizados foram os de antes da redução. A fonte foi o G1. Belo Horizonte, Recife e Brasília possuem tarifas com valores diferentes dependendo do destino, usamos os valores mais baixos.
Uma passagem desse estudo de 2004:
As tarifas praticadas atualmente, são consideradas elevadas pelo usuário, e têm sido responsável pela crescente exclusão de milhares de cidadãos dos serviços de transporte público coletivo oferecidos nas cidades, e pelo aumento da “marcha a pé” por motivo de trabalho nos grandes centros urbanos. O alto valor das tarifas tem sido responsável também pelo surgimento de novos problemas sociais como os “desabrigados com teto”, trabalhadores sem o direito de ir e vir por falta de dinheiro para pagar a passagem.
Semana passada o Ipea lançou uma nota técnica sobre a tarifação do transporte público urbano. De acordo com o relatório, as tarifas de ônibus subiram mais do que os custos de carros e motos entre 2000 e 2012. A fuga dos passageiros e a alta dos insumos é aponta como razões para a subida no preço da passagem:
Pelo lado dos custos observa-se uma elevação real dos principais insumos do setor (principalmente o diesel), enquanto pelo lado da demanda observa-se que o volume de passageiros pagantes caiu bastante em relação ao final do século passado. A conjunção desses dois fatores — elevação dos custos e redução dos níveis de passageiros pagantes — provocou a elevação do preço das tarifas em termos reais.
Há na nota técnica uma evolução da tarifa do ônibus e da inflação entre 2000 e 2012 em 11 capitais. Ao lado de Brasília, Fortaleza é uma das duas únicas capitais em que a variação do valor da passagem não ultrapassou o da inflação. Infelizmente não achei os dados brutos, por isso reproduzo a imagem que vem no estudo.
Entre Janeiro e Abril deste ano foram apreendidos mais de 900 kg de maconha em Fortaleza. O valor representa um crescimento de 1008%, uma vez que em 2012, no mesmo período, a polícia tinha apreendido parcos 81 kg. De acordo com os dados da SSPDS, 929 kg de drogas foram apreendidos no 1º quadrimestre de 2013, enquanto que no mesmo período do ano passado esse valor foi de 119 kg. Um aumento de 675%.
Uma apreensão de mais de 650 kg de maconha em Março no bairro Guajeru, descrita pela polícia como a maior da história do Ceará, ajuda a explicar a discrepância dos gráficos a seguir. Quando comparamos, por exemplo, o valor apreendido de cada droga, observamos que os números da cocaína e do crack caíram. Dessa forma, a maconha representou impressionantes 97% das apreensões até Abril deste ano.
A Regional VI, onde fica localizado o Guajeru, respondeu por 72% das apreensões neste 1º quadrimestre do ano.
Quando olhamos os números de cada bairro, Guajeru representou 70% das apreensões. Em um distante segundo lugar, a Parquelândia aparece com 12%. A Aldeota fecha o pódio com 10% das apreensões de drogas nos 4 primeiros meses de 2013. Ou seja, os três bairros concentraram 92% das apreensões.
Para fechar, os campeões em cada categoria de apreensão. Destaque para a Aldeota, o Jangurussu e o Guajeru, que aparecem, cada um, em duas categorias no Top 5.